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Mostrando postagens de dezembro, 2018

"The one above all" não é Stan Lee

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Muito se tem argumentado sobre o deus todo poderoso da marvel ser a personificação do pilar da editora, o roteirista Stan Lee. Com todo respeito ao mestre Stan e sem querer desmerecer seu trabalho, este post visa somente demonstrar quão errada esta noção é. O argumento é simples, nesta edição (Quarteto Fantástico V1 #10) roteirizada por Stan e ilustrada por Kirby em que há uma quebra de quarta parede, vemos que Stan e Kirby nem mesmo se consideravam deuses ou moldadores da realidade dos quadrinhos: Acreditar em outra coisa é idolatria, visto que Kirby foi retratado como deus em uma hq homenagem escrita por Mark Waid, e mesmo nela há uma frase poderosa dita por Kirby "É isso que minhas criações fazem... encontram a humanidade em deus"  É a famosa antropomorfização de deus, ou mesmo o conceito de Nomos de Peter Borges. Foi uma homenagem de Waid, na visão dele Deus era Stan Lee por toda sua imensa contribuição na história da Marvel Comics, e por ser uma hq

Dissecando Quarteto fantástico v1 - Parte 1

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Mr. LEE: De 1940 a cerca de 1960, eu estava escrevendo apenas quadrinhos regulares, do mesmo modo que meu editor também desejava que eu estivesse. Ele não queria que eu usasse palavras de mais de duas sílabas se eu pudesse evitar. Ele não queria que eu perdesse tempo me preocupando com um bom diálogo ou caracterização. Apenas me dê muita ação, muitas cenas de luta. Eu fui bom nisso. Eu fiz isso. Tudo bem. Mas quando 1960 chegou, minha esposa disse: bem por que você não escreve um livro do jeito que você gostaria de fazê-lo apenas para sair deste sistema? O pior que pode acontecer é que o editor o dispeça, e você quer sair assim mesmo. Então foi quando eu fiz o “Quarteto Fantástico”. E vendeu muito bem. Então meu editor disse: ei, vamos fazer outros livros assim. Então eu me esqueço da ordem exata. Eu acho que o próximo poderia ter sido “O Hulk”, e depois os “X-Men”, “Homem Aranha”, “Demolidor”, e então ficou divertido porque eu estava escrevendo o tipo de histórias que eu queria

A Teoria de Gaia - The Gamer

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No universo de "The gamer" existem pessoas capazes de utilizarem habilidades especiais que seriam impossíveis para humanos comuns, como magia, telecinese, feitiços e etc... Todos esses poderes são concedidos por Gaia,que é a personificação da vontade da terra, a personificação da vontade de Deus na terra, ou melhor ainda, a vontade de Deus imanente na terra. A teoria de Gaia não é uma criação de Sung San-Young (Autor de the gamer), mas uma idéia adaptada de algo já existente no mundo real: A hipótese de Gaia, de James Lovelock. A hipótese de gaia tem em seu nome a inspiração na deusa grega Gaia, mãe-terra e elemento primordial, progenitora de toda vida, mãe dos céus e dos mares. A idéia surgiu de James Lovelock na década de sessenta, para ele a Terra era um planeta vivo e não somente um repositório para a vida em si. Nas suas próprias palavras: “Considere a teoria de Gaia como uma alternativa à sabedoria convencional que vê a Terra como um planeta morto, feito de roc