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Mostrando postagens de 2018

"The one above all" não é Stan Lee

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Muito se tem argumentado sobre o deus todo poderoso da marvel ser a personificação do pilar da editora, o roteirista Stan Lee. Com todo respeito ao mestre Stan e sem querer desmerecer seu trabalho, este post visa somente demonstrar quão errada esta noção é. O argumento é simples, nesta edição (Quarteto Fantástico V1 #10) roteirizada por Stan e ilustrada por Kirby em que há uma quebra de quarta parede, vemos que Stan e Kirby nem mesmo se consideravam deuses ou moldadores da realidade dos quadrinhos: Acreditar em outra coisa é idolatria, visto que Kirby foi retratado como deus em uma hq homenagem escrita por Mark Waid, e mesmo nela há uma frase poderosa dita por Kirby "É isso que minhas criações fazem... encontram a humanidade em deus"  É a famosa antropomorfização de deus, ou mesmo o conceito de Nomos de Peter Borges. Foi uma homenagem de Waid, na visão dele Deus era Stan Lee por toda sua imensa contribuição na história da Marvel Comics, e por ser uma hq

Dissecando Quarteto fantástico v1 - Parte 1

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Mr. LEE: De 1940 a cerca de 1960, eu estava escrevendo apenas quadrinhos regulares, do mesmo modo que meu editor também desejava que eu estivesse. Ele não queria que eu usasse palavras de mais de duas sílabas se eu pudesse evitar. Ele não queria que eu perdesse tempo me preocupando com um bom diálogo ou caracterização. Apenas me dê muita ação, muitas cenas de luta. Eu fui bom nisso. Eu fiz isso. Tudo bem. Mas quando 1960 chegou, minha esposa disse: bem por que você não escreve um livro do jeito que você gostaria de fazê-lo apenas para sair deste sistema? O pior que pode acontecer é que o editor o dispeça, e você quer sair assim mesmo. Então foi quando eu fiz o “Quarteto Fantástico”. E vendeu muito bem. Então meu editor disse: ei, vamos fazer outros livros assim. Então eu me esqueço da ordem exata. Eu acho que o próximo poderia ter sido “O Hulk”, e depois os “X-Men”, “Homem Aranha”, “Demolidor”, e então ficou divertido porque eu estava escrevendo o tipo de histórias que eu queria

A Teoria de Gaia - The Gamer

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No universo de "The gamer" existem pessoas capazes de utilizarem habilidades especiais que seriam impossíveis para humanos comuns, como magia, telecinese, feitiços e etc... Todos esses poderes são concedidos por Gaia,que é a personificação da vontade da terra, a personificação da vontade de Deus na terra, ou melhor ainda, a vontade de Deus imanente na terra. A teoria de Gaia não é uma criação de Sung San-Young (Autor de the gamer), mas uma idéia adaptada de algo já existente no mundo real: A hipótese de Gaia, de James Lovelock. A hipótese de gaia tem em seu nome a inspiração na deusa grega Gaia, mãe-terra e elemento primordial, progenitora de toda vida, mãe dos céus e dos mares. A idéia surgiu de James Lovelock na década de sessenta, para ele a Terra era um planeta vivo e não somente um repositório para a vida em si. Nas suas próprias palavras: “Considere a teoria de Gaia como uma alternativa à sabedoria convencional que vê a Terra como um planeta morto, feito de roc

Tier e termos - Hq's

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Dentro das comics, existe uma hierarquia de poder entre os personagens, que prevalece independente do roteiro ou de edição específica. O que se segue é uma lista de tier de classificação utilizada pelas comunidades de debates, para organizar por níveis os personagens para fins interativos ou spinn offs (vs entre personagens na qual se usa de argumentos baseados em feitos das hqs para defender seu ponto de vista). Leve (baixa categoria) São personagens que estão fisicamente abaixo das condições de um humano normal, com caracteristicas fisicas subdesenvolvidas ou aquém das de um humano completamente desenvolvido. Incluem deficientes, obesos, idosos e crianças em geral. Esses personagens podem ter um nível muito acima da sua tier via Hax. Ex: Professor Xavier, Franklin Richards (Quando criança) Leve (Média categoria) Personagens com estrutura e resistências fisícas igualáveis a de um humano treinado ou no auge humano (Alguém com fisico muito definido), estes perso

Do caos viemos, ao caos retornaremos.

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Bom? Mal? Deus? Demônio? Tudo isso ao mesmo tempo? Perguntas erradas, todas essas concepções são relativas; não existe relatividade na verdade. Quem somos nós para podermos atribuir tais características à Azathoth? Quem somos nós para presumirmos que ele ao menos seja algo, e quem somos nós para nomear - e pôr em uma lista restrita de ordem - o caos? O bem; O mal; Deus; Demônio. Tudo isso ao mesmo tempo. Nada disso ao mesmo tempo. Verdade última, só existe relatividade no limitado. Quem somos nós para afirmar sobre o ilimitado, para conhecer e presumir que tenha um nome e que este seja pronúnciavel ou grafável? Bons, mals, Deus, demônio. Temos tudo isso ao mesmo tempo. Verdade teológica, relatividade só existe para homens sem fé, e estes não conhecerão o ilimitado, mas conhecerão o demônio. Quem somos nós para duvidar da existência de Deus? Bem ou mal, deus e demônio são unos nesta realidade do Mythos, tudo que os nomos julgam mau, é Deus e tudo o que consideram bom é o demôni

Review - Desvendando Dr.Who

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Atenção : O que se segue é uma mescla de review e  análise de Dr.who, feita pelo mais novo colaborador do blog Matheus Nathan Inácio , e contém SPOILERS , prossiga por sua conta e risco. Doctor Who segue as aventuras de um renegado Senhor do Tempo do planeta Gallifrey que simplesmente atende pelo nome de "Doutor". Ele fugiu de seu planeta natal em uma TARDIS, uma nave em formato de cabine policial britânica, que lhe permite viajar através do tempo e espaço. O Doutor raramente viaja sozinho, e muitas vezes traz um ou mais companheiros para compartilhar essas aventuras. Lançada originalmente em 23 de novembro de 1963, a série inicialmente tinha como pedra fundamental ser um programa educacional para crianças, as instigando e chamando atenção acerca de história e ciências através da viagens no tempo/interplanetárias do Doutor como um meio para explorar ideias científicas e momentos famosos da história. Em lançamento até a atualidade, a obra é uma parte significativa da cul

A escala existencial nos Mythos

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"O Homem da Verdade está além do bem e do mal", entoou a voz que não era uma voz. O Homem da Verdade cavalgou para o Todo-em-Um. O Homem da Verdade aprendeu que a Ilusão é a Única Realidade, e que a Substância é o Grande Impostor. ” Minha idéia ao devotar tanto tempo para reunir diversas informações de tantos contos e artigos com a finalidade de elaborar uma hierarquia, não é de forma alguma exaltar os poderes e cultuar a "onipotência" desses seres, mas organizar e enriquecer com conceitos novos essa Mitologia fantástica criada por Lovercraft, um verdadeiro tesouro literário ímpar, que apesar de ter se espalhado e se tornado reconhecido, após sua morte, permanece desconhecido numa visão geral, se é por benção ou infelicidade eu não sei dizer, mas sei que diamantes não ficam escondidos em baús por muito tempo, uma hora ou outra seu cadeado afrouxa ou sua tampa desalinha com seu corpo e o brilho resplandecente da Jóia chama a atenção até mesmo do mais desatento tr

Arawn - "Mate-me agora, ou detenha sua mão para sempre"

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Uma introdução aos Tropos Um tropo é um dispositivo ou convenção narrativa, um atalho para descrever situações que o contador de histórias pode razoavelmente assumir que o público reconhecerá. Tropos são os meios pelos quais uma história é contada por qualquer um que tenha uma história para contar. Os tropos não são a mesma coisa que clichês. Eles podem ser novos, mas parecem velhos e banais; eles podem ter milhares de anos, mas parecem frescos e novos. Eles não são maus, não são bons; tropes são ferramentas que o criador de uma obra de arte usa para expressar suas idéias para o público. É praticamente impossível criar uma história sem tropos Como veremos adiante, Arawn possui sua própria contribuição para os tropos. Mate-me agora, ou detenha sua mão para sempre Este tropo descreve a situação em que 1- Alice tem um motivo para matar Bob. 2- Bob sabe disso. 3- Bob decide que a melhor maneira de lidar com Alice é ficarem sozinhos em um lugar e dar a ela exatame