"Onis"



Esse post é reservado a resoluções e abordagens de questões a respeito dos "onis" de um ser divino. Aparte da religião - na maioria das vezes - será utilizado apenas argumentos lógicos, não fundamentados em escrituras bíblicas ou qualquer coisa do gênero.
     
Para começarmos, acho essencial explicar quais são estes atributos (onis) e o que representam:

Onipotência - Poder ilimitado
Onisciência - Conhecimento ilimitado
Onipresença- Presença ilimitada

Antes de começarmos a pensar sobre as possibilidades e "não-possibilidades?" da onipotência é necessário definí-la. Onipotência é um termo que pode ser usado para caracterizar multi-coisas, então esta parte será reservada para citá-las e definir o meu objetivo.

♠O significado mais simples aplicada ao termo "onipotência" é a rotulação daquilo que é invencível, ou vitualmente isto. Uma técnica imparável, o personagem mais forte de uma história etc... São exemplos do que pode ser qualificado como "onipotente".

♠A segunda aplicação da palavra é quando existe um criador de um verso (mundo), geralmente ele será descrito como onipotente. Em alguns casos será a personificação do roteirista, que tem todo poder dentro daquele verso/conjunto de histórias, podendo fazer o que bem entender com o enredo, o cenário e seus personagens, mas não se enquadrando de fato nas rotulações dos pontos 3 e 4, demonstrados a seguir.

Por estarem restritos a um plano bidimensional, aparte da realidade, nenhuma destas duas formas acima será o foco principal aqui, podendo ter dada importância, caso apresente um problema realmente interessante.

♠A terceira aplicação, talvez seja a mais usada, e a que tem as chances de ser a definição mais perfeita: "Aquilo que tem poder sobre tudo", ou seja, tudo que existe é inferior e serve à sua vontade ou essência, o que não implica a capacidade de literalmente ter poder para tudo, como por exemplo fazer coisas impossiveis ou criar um absurdo ilógico.

♠A quarta aplicação é a que traz mais problemas, e será de fato a mais abordada aqui. A capacidade de literalmente ser capaz de fazer absolutamente tudo, estar acima de qualquer coisa ou conceito. Não se assemelha em nada com a aplicação anterior, em contraste com aquela, aqui, na teoria, a onipotência deve ser capaz de coisas impossíveis e ilógicas.

Observações:

-Neste último ponto assume-se que a onipotência transcede a lógica, ou seja, independente do que apresentemos para contestá-la, a partir do momento em que estamos utilizando da lógica, nenhum argumento será de fato válido. Estou deixando claro que as questões sobre este tipo serão respondidas apenas como forma de desafio.

-A onipotência estará sempre relacionada à vontade. Se onipotência é "poder fazer tudo", tem de haver uma vontade que deseje o ato de fazer. A onipotência é um atributo divino e portanto ela será sempre de vontade e essência. Mas se nos permitirmos considerar a ficção, ela pode estar restrita apenas à vontade, como por exemplo em preacher, um corpo mortal guardando uma autoridade onipotente.

- Jamais utilizatemos de um atributo divino (oni) para resolver o problema de outro. Se o problema gira em torno da onipresença, resolvelo-emos pela onipresença e não pela onipotência ou onisciência, é válido lembrar que não estamos falando sobre o Deus judaico-cristão que é considerado automaticamente tri oni.

Parte 1 - A partir de um, outros

É possível obter um oni através de outro? E de que forma? Para responder tais questões montei uma tabela de inter-relações.

1 - Onipotência → A) Onisciência
                            → B) Onipresença

2 - Onisciência ← A) Onipotência
                           ←B) Onipresença

3 - Onipresença ←A) Onipotência
                             →B) Onisciência
                  
1 (a e b) - Onipotência para onisciência e onipresença

Ao contrário do que muitos pensam, o onipotente não necessariamente deve automaticamente possuir os outros onis (onipotência, onisciência, onibenevolência, etc), é um grande equívoco, pensar desta forma; A teologia atribui ao ser divino os três grandes onis, porém ê necessário compreender que aqui estamos tratando da onipotência pura, aparte da  teologia e de um ser divino. A definição de onipotente é poder todas as coisas e mesmo isto sendo tudo, não é nada além disto. O que define onipotência é o poder sem limites e não o poder acrescido de conhecimento e presença ilimitados. E ainda assim possibilidade é diferente de realidade, mesmo um onipotente (Desconsiderando um ser divino criador) poderia ser dotado de dúvida e singular.

Se considerarmos a definição 3 de onipotência "poder sobre tudo que existe", deveriamos considerar que ele seria capaz, pois onipresença e onisciência existem no modelo de universo que estamos a usar. No entanto, alcançar a onipresença e onisciência é algo ilógico e impossível de acordo com nosso conhecimento, pois quem pode saber de todas as coisas? Quem pode estar em todos os lugares?

Mesmo que o omniarca (definição 3) seja eterno, isto é, imune ao tempo, e pudesse obter todo o conjunto de conhecimento limitado de forma que o aprendizado, virtualmente infinito, não existisse mais para ele, ainda não conheceria a essência dos seres. Desta feita, não há forma lógica de um omniarca se tornar onisciente.

Mesmo que ele governasse com mão de ferro, controlasse e retirasse o livre-arbítrio dos seres humanos; que o clima se alterasse à sua vontade e as próprias leis da natureza se curvassem para servir a seus caprichos, como poderia ele impregnar sua essência em todas as coisas? A lógica humana é incapaz de explicar tais coisas. Portanto, logicamente, é impossível o omniarca alcançar a onipresença, se não for de essência dotado dela.

Desta forma ele seria incapaz de atingir outros onis, sem que isso chegue a ser um desfeito para sua onipotência, afinal tais onis da trindade são uma grandeza tão grande quanto a que ele mesmo possui.
No entanto na quarta definição, não conseguir atingir os outros onis negaria sua onipotência, e como ele está além de coisas lógicas e para nós, impossíveis, seria perfeitamente capaz de possuir a onipresença e onisciência caso desejasse.

Nota: Como nosso critério para falar  da total capacidade dos onis é infíma, essa explicação em específico foi jogada para o além-lógica, não pretendo utilizar este meio de resolução com mais nenhuma questão, do contrário tudo isso se tornaria obsoleto.

2 (a e b) Onisciência  para onipotência e onipresença

É um erro imenso achar que um onisciente pode se tornar onipotente e onipresente apenas por ser, pois um onisciente de fato está, esteve e estará ciente de tudo o que se há para saber e fazer, isso não quer dizer que ele possa desafiar o impossível, dizer que um onisciente pode se tornar os outros onis, apenas por tudo saber é afirmar que quaisquer oniscientes desafiam as leis da fisica, ou as leis a que está sujeito (A onisciência que ele toca por si só transpassa qualquer lei natural, é a exceção, o ser ainda é limitado pelo que pode fazer), pois um onisciente, também sabe o que lhe é impossível e sabe suas limitações, logo ele não se torna outros onis apenas por saber
     Concluindo, o simples fato isolado de um ser possuir a onisciência não abre margem para dizer que ele saberá fazer tudo, ou melhor dito, ainda que ele saiba como fazer tudo, isto não quer dizer que ele será capaz de fazer.

3 - (a) Onipresença para onipotência

É impossível obter a onipotência através da onipresença por qualquer meio. É ilógico, a onipotência é uma grandeza inalcançável, imaterial, a onipresença não pode tocá-la.
Caso haja um onipotente que não seja o onipresente em questão, ainda assim a essência onipotente estaria inalcançável para o onipresente, ele não poderia simplesmente ser o onipotente, pois a onipresença ainda está abaixo dele na hierarquia.

3 - (b) Onipresença para onisciência

É completamente plausível afirmar que um onipresente é onisciente pois uma vez que se está em todos os lugares, você sabe, soube e saberá de tudo. Estando no passado você saberia exatamente cada detalhe da segunda guerra mundial, estaria na mente de cada sodado sabendo exatamente o que se passou e passava na mente de cada um, seria as suas armas e seus fabricantes, sabendo os modelos e pesos de cada uma. Você seria o passado; de tudo e todos, conheceria a história do ponto de vista de cada coisa. Você seria o futuro e a eternidade, você seria sua morte e seu assassino, e mesmo assim você choraria em seu enterro em muitas formas diferentes. Você é o agora, cada instante, você é tudo e portanto nunca deixou de conhecer tudo... e nada.

Parte 3

Há um grupo de pessoas que pensam que ser onipotente = ser invencivel, e de certa forma é de fato, desde que se queira ser isto.
É impotante frisar que este exemplo funciona no caso de onipotência por autoridade, ou seja no caso de vontade, e não de essência acima de todos. Não pode ser incluída em essência onipotente pois crê-se que não importa o nível de poder ainda será impossível alcançar a onipotência ou alguém que a toca, este ainda seria transfinitamente, por assim se dizer, acima de qualquer escala, acima do que há acima de qualquer escala e sucetivamente. No entanto se o onipotente mantivesse sua vontade onipotente e adquirisse um corpo físico ou uma personificação tangível para o personagem-exemplo em questão ele ainda poderia ser derrotado caso permitisse.
Sigam o raciocinio:
Eu sou um ser com poderes inimagináveis, poderes estes em escalas multiversais, de repente acontece um bang, este não importa qual seja(adquiri um objeto, um incidente, ou recebi tais poderes ou autoridades) e me torno onipotente. Okay, porém eu logicamente adquiri a capacidade de poder fazer tudo, então agora eu sou invencível? Estou acima de todos? Errado. Eu sou exatamente a mesma existência que eu era antes ATÉ eu desejar ser algo além disso. Até eu desejar ser invencível. Dito isso, a parte que importa: - depois que eu me tornei onipotente(sem ter desejado nada ainda) eu encontro um ser de escaa de poder semelhante e, por razões de vingança ele quer me enfrentar. Bom para a situação que estou querendo mostrar temos duas possibilidades

1- se eu não quiser brigar com ele obviamente minha vontade forçará ele a não lutar também

2- porém nesse caso eu tenho culpa pela ira do sujeito e decido que a coisa correta a fazer é ir para um embate com ele sem a intenção de vencer e sim de pagar pelo que fiz, então eu permito que ele me bata, e ele tem poder suficiente para isto, após me derrotar ele vai embora, com seu objetivo concluído.

Então, porque eu perdi eu nunca fui onipotente? Ou porque eu perdi eu me absti da mesma? Não, tudo isto aconteceu por causa da minha vontade, eu julguei ser certo deixar que ele fizesse aquilo, eu quis que este evento acontecesse, eu poderia sim ter pulverizado ele com um pensamento mas não era de minha vontade.

E não tem nenhum paradoxo nisso, até porque usar o paradoxo para impor limites em seres que não tem um, não é muito certo
Eu perdi porque eu quis, assim como eu venceria se eu quisesse, ambos os casos só ocorreram com a minha permissão, com a minha vontade, da mesma forma que em ambas eu continuo onipotente.
Afinal se eu posso tudo, eu posso também perder.

 Parte 4

Existe ainda uma outra questão que talvez possa gerar dúvidas, seria um onipotente capaz de criar outro igual a ele, ou seja ele poderia criar um outro onipotente? Naturalmente ele não seria onipotente se não fosse capaz de fazé-lo, mas justamente por ser capaz de tal sua onipotência estaria comprometida já que a onipotência seria algo inalcançável e isso nos levaria a um paradoxo...só que não. Um onipotente deveria sim estar acima de todos e de tudo se tratando de sua vontade - e em alguns casos mais complexos de sua própria essência -porém isso não se aplica a um outro onipotente. Não pode e não deve haver uma hierarquia natural de vontades entre onipotentes, cada ação que leve seu desejo seja ele para criar, destruir ou anular tem o mesmo peso entre eles, um cria algo indestrútivel o outro destrói porque ambos podem fazer tudo, se o criado se limitasse a vontade do criador teriamos um pseudo onipotente e não um onipotente real, o que não é o caso aqui. Deixemos claro que nosso true onipotente foi capaz de criar um segundo onipotente, o que comprova a sua própria onipotência até então. Certo, então como fica isso com outro onipotente no grande esquema das coisas? Bem, nada melhor que começar com exemplos: O onipotente primal (o que não foi criado) por mero capricho cria um objeto direto da não-existência, o onipotente secundário não apreciador da arte, se valendo de sua onipotência apaga este objeto, o que desagrada o primal. O primal pensa e refaz este objeto, desta vez desejando que ele seja indestrutível por qualquer pessoa que não ele; o secundário ainda não se conforma e o destrói. O primal aborrecido - não o suficiente para apagar seu igual - faz uma última tentativa, recria o objeto e deseja que sua criação especificamente não possa apagá-la como fez anteriormente. Ainda assim o secundário o destrói. Fim da estória. O leitor está confuso? Cogitando que a onipotência do primal seja uma farsa? Então vou explicar: Primeiramente se eu sou onipotente e desejo criar uma parede indestrutível, eu devo ser capaz de destruí-la se quiser, para ser onipotente, certo? Se eu não puder sobreescrever uma vontade anterior com a recente minha onipotência não existe. O mesmo caso se aplica ao onipotente que foi criado, se ele não for capaz de destruir algo que o onipotente fez indestrutível ele simplesmente não é onipotente, como eu disse não ha uma hierarquia de vontades na onipotência, negar que a vontade de um não limitaria a de outro é dizer que um onipotente se auto limita sem poder fazer nada em oposição a isso, dizendo de forma mais clara é dizer que um onipotente não é onipotente, é dizer, veja só, que um onipotente não pode ir contra sua própria vontade. É preciso entender que a vontade do onipotente primal limita o secundário apenas enquanto este aceitar ser limitado, talvez dizer limitado seja um erro de um ser que não pode e nem tenta compreender como tal coisa funciona, afinal o limite não é um limite se o "limitado" estiver contribuindo para a limitação, a algema deixa de ser um limite se você tem as chaves, você escolhe usá-las ou não.

"Mas não podem existir dois onipotentes porque um onipotente deve ser absoluto e existindo outro igual ele deixa de ser absoluto".

Bem, não era possível antes do onipotente desejar. Percebem que para o onipotente do tipo 4 até o impossível real é maleável? Diante do onipotente existe o impossível passível de desqualificação como tal, diante da vontade onipotente este termo é desconhecido.
Portanto possuindo a onipotência não há distinção entre dois onipotentes, não há superioridade porque não há hierarquia, logo ambos simultaneamente compartilham do absoluto.

Parte 5 - O paradoxo da onipotência
Bem, primeiramente quero ressaltar que este já é um assunto ultrapassado e que ele sempre teve uma resposta bem simples, mas as pessoas insistem em renegá-la. Sem mais delongas o paradoxo é: "Poderia um ser onipotente criar uma pedra tão pesada que nem mesmo ele seria capaz de erguer?" O argumento de quem usa tal "paradoxo" é: Se ele não conseguir ele nunca fora onipotente e se for capaz e criar a tal pedra ele novamente não será onipotente por não ser capaz de erguê-la. Parece uma cilada perfeita para um onipotente e defensores de sua existência, feita por verdadeiros gênios e "deuses da lógica" mas pois é, só parece. A resposta para isso é bem simples e não foi preciso de eistens do século XXI para obtê-la, acho que já expliquei isso no tópico acima, tudo se trata de um jogo de vontades, Um real onipotente que é do que estamos falando aqui, seria plenamente capaz de criar uma pedra tão pesada que nem mesmo ele seria capaz de erguê-la, em contraste uma vontade anula a outra se ele quiser ele a levanta afinal ele é onipotente. Agora se restou alguma dúvida vou tentar esclarecê-la por pontos:

Ponto 1 - O onipotente criou a pedra tão pesada que nem mesmo ele poderia erguê-la, e não tem essa de "Ah mas ele pode ter criado uma pedra qualquer, como vamos saber se ela era realmente pesada a ponto de nem mesmo ele poder erguê-la" isso é uma falácia, estamos falando de um real onipotente e estamos falando de uma pedra tal como a tratada na questão. Tendo isso explicado vamos para o próximo ponto

Ponto 2- Sua última vontade fora criar a tal pedra e portanto ele se auto impôs um limite certo? Ah! A perspectiva, como ela pesa em nossa limitação, tudo se trata do ponto de vista e é difícil dizer se existe de fato um definitivo, e por isso somos tão facilmente influenciados pelo senso comum, eu normalmemte me incluiria nisso, mas não agora, agora eu quero oferecer uma perspectiva diferente da que tem sido, inquestionavelmente aceita, a perspectiva divina, não pro caso de eu ser um deus, mas atentando para que meus limites não se aplicam aos limites de um onipotente.

Ele criou a tal pedra que nem mesmo ele seria capaz de levantar e ele não vai mesmo ser capaz de levantá-la a menos que queira. É simples assim, um onipotente faz o que ele quiser, a pedra está lá se for de sua vontade levantá-la ele a levanta, se não for ele não levanta, uma vontade onipotente é perfeitamente capaz de manter ou anular a outra, essa é uma explicação limitada eu sei, mas nós não podemos e não devemos tentar entender isso, nossas mentes mais brilhantes sequer desvendaram os segredos da viajem no tempo ou mesmo pelo hiperespaço, quem dirá a mente ou as capacidades e reais possibilidades de um onipotente.

Problema 1: Então se a onipotência é poder tudo, o fato de criar aquela pedra implicaria que ela estaria acima de sua onipotência, acima de sua vontade, o que torna impossivel ele levanta-la, e se nada está acima da onipotência, é impossível ele criá-la. O que demonstra que ele não é onipotente.

Solução: É apenas o problema inicial reciclado, mas muito mais complexo pois aborda algo polêmico "superar a onipotência".
O problema envolve peso, "uma pedra tão pesada que Deus onipotente não seja capaz de erguer", mas peso nada mais é do que a "FORÇA exercida sobre os corpos pela atração gravitacional da terra", e eu não pretendo entrar em discussões sobre o que é a gravidade para um ser divino, se ela existe no ambiente divino e ou discorrer mais detalhadamente sobre essa definição e etc. Mas o peso como visto é diretamente relacionado a força, e para "levantarmos um peso" precisamos exercer força, independente de ser psíquica ou física, então a força de um ser onipotente não é mensurável, onipotência é a capacidade de fazer tudo, independente de qualquer relação com força. Vamos usar por exemplo uma vontade onipotente em um corpo mortal, para ser o mais simples possível, vamos definir que o peso maximo que este corpo aguente erguer seja 135 kg; se ele criar uma pedra de 150kg, ele teria criado a tal pedra do exemplo, e mantido sua onipotência. Mas se ele quisesse erguê-la faria sem problemas independente do corpo mortal que possui, afinal a vontade onipotente está acima de todas as coisas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Através dos portões da chave de prata

Azathoth

O Caos e os Arquétipos: Os conceitos que fundamentam o universo de Lovecraft