o Nada, o caos e o vazio



1.1 - O Nada NÃO é. A não ser a ausência de tudo.

O nada não é. O nada" inexiste.
O que chamamos de "nada" e é apenas um conceito para inexistência. Imaginar o nada é praticamente impossível, pois se você concebe um pensamento de um espaço vazio você concebe automaticamente um espaço, e um espaço - mesmo que vazio - já é alguma coisa. Se você tenta imaginar a ausência até mesmo de um espaço, na sua mente se formaria algo completamente branco ou uma escuridão completa, e trevas e cores também são alguma coisa.

Por definição, quando se fala de existência se fala da existência de algo. O nada não é coisa alguma, logo não existe. O nada é um signo, uma representação linguística do que se pensa ser a ausência de tudo. O que existe são representações mentais do nada. Como uma definição ou um conceito é uma afirmação sobre o que uma coisa é, o nada não é positivamente definido, mas apenas representado, fazendo-se a relação entre seu símbolo (a palavra "nada") e a ideia que se tem da não-existência de coisa alguma. O "nada" não existe, mas é concebido por operações de mente. Esta é a concepção de Bergson, oposta à de Hegel, modernamente reabilitada por Heidegger e Sartre, de que o nada seria uma entidade de existência real, em oposição ao ser.


1.2 - Ex Nihilo NIhil Fit (Do nada, nenhuma coisa pode surgir)

Você poderia dizer: talvez uma pequenina partícula, em algum tempo, possa surgir do nada.

Existem três problemas com essa teoria: Primeiro, o tempo por si só não faz nada. As coisas acontecem no decorrer do tempo, mas não é o tempo com que faz que elas aconteçam. Por exemplo, só esperar 15 minutos para assar biscoitos não vai dar em nada… Não são os 15 minutos que irão assá-los e sim o calor do forno. Se você deixar os biscoitos sobre o balcão por 15 minutos, eles não irão assar sozinhos.

Esperar quinze minutos não irá mudar, de maneira nenhuma, a situação. Bem, você diz: e se esperarmos longos períodos de tempo? Um longo período de tempo é simplesmente um amontoado de segmentos de 15 minutos colocados juntos. Se você esperasse por um longo período de tempo com seus biscoitos em cima do balcão, iria o tempo assá-los?

O segundo problema é este: Por que algo iria simplesmente “surgir”? É necessária uma razão para isso acontecer. Já que só existe o Nada Absoluto, o que impediria que tudo continue como está: no nada? Sabe-se que não existe nada que faça as coisas surgirem sem razões, visto que as “razões” têm de vir do nada.

Bem, você diz: será que uma minúscula partícula não teria mais chances de se materializar do que algo grande como uma bola de futebol?

Isso revela o terceiro problema: tamanho. Assim como o tempo, tamanho é algo abstrato e relativo. Imagine que temos três bolas de futebol, variando de tamanho. Uma tem 3m de diâmetro, outra tem 1m e outra é do tamanho normal. Qual delas é mais provável de aparecer do nada? A bola de tamanho normal? Não! Seria a mesma probabilidade para todas as três. O tamanho não importa. A questão não é o tamanho. A questão é: pode alguma bola de baseball de qualquer tamanho simplesmente “aparecer” dentro do nosso nada? Se você acha que nem a menor delas poderia simplesmente aparecer dentro do nada, não importa quanto tempo passasse, então você poderia concluir que o mesmo valeria para um átomo. Tamanho não é a questão. A probabilidade de uma partícula minúscula surgir sem motivo algum não é diferente de uma geladeira se materializar sem causa alguma

Mais uma pergunta: Se realmente, há trilhões de anos atrás existisse o Nada Absoluto, não existiria hoje também o Nada Absoluto?

A resposta é sim, visto que qualquer coisa – não importa quão pequena – não pode surgir sem razões do Nada Absoluto.

O que isso nos diz? Resposta: O Nada Absoluto nunca existiu. Por quê? Porque se o Nada Absoluto alguma vez existiu, ainda hoje existiria!

Se o Nada Absoluto tivesse existido não haveria nada além dele que causasse a existência das coisas.


Fontes: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nada

https://www.suaescolha.com/existencia/nada/

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